O CURIÓ
NOME - Curió
OUTRO NOME - Avinhado
NOME CIENTÍFICO - Oryzoborus angolensis
SIGNIFICADO DO NOME: Curió significa na linguagem indígena " Amigo do homem ".
ORDEM: Passeriformes
FAMÍLIA: Fringílidas
NOME EM INGLÊS: Thick-billed (Lesser) Seed Finch
NOME EM ESPANHOL: Semillero Picogueso
ALIMENTAÇÃO NO HABITAT NATURAL: Alimenta-se basicamente de alguns insetos, várias sementes com exclusividade na semente do capim navalha (Tiririca)
COR: Marrom quando novo. Depois de completar 420 dias suas penas ficam pretas com apenas uma pequena mancha branca na asa e sua barriga e peito fica na cor vinho, a fêmea é marrom com um tom mais claro no peito mesmo quando adulta.
LOCALIZAÇÃO: Todo o Brasil e alguns lugares da América do Sul. Habita as regiões litorâneas brasileiras e principalmente o litoral paulista.
TEMPO DE VIDA: 20 a 25 anos no cativeiro (se bem cuidado) e de 8 a 10 anos na vida selvagem.
TAMANHO: 14 cm.
ÉPOCA DE ACASALAMENTO: Ocorre no mês de agosto até o fim de março
FÊMEA - INÍCIO DO PERÍODO FÉRTIL: 6 meses a 1 ano
PERÍODO DE INCUBAÇÃO: 12 dias
Nº DE OVOS: de 1 a 3 ovos por ninhada.
MUDA (TROCA DE PENAS: acontece entre março e junho.
SIGNIFICADO DO NOME CURIÓ: O nome Curió na língua tupi guarani significa "Amigo do Homem", pois este pássaro gostava de viver perto da aldeia dos índios. Esta característica de se aproximar do ser humano, a sua elegância, a enorme capacidade de disputar pelo canto quem é o dominador do território, e a enorme qualidade de seu canto, fez do curió um amigo muito estimado entre os criadores e amantes de pássaros em geral. O bicudo (oryzoborus maximiliani) é um parente muito próximo do curió e também excelente cantor, só que um pouco maior e é todo preto e com a mesma mancha branca na asa. O canto de curiós e bicudos é tão apreciado que, nos concursos, essas qualidades são muito importantes.
O Curió aprende a cantar desde pequeno com o pai, porém, os aconselham que os filhotes ouçam o canto do pai, somente se este canto for perfeito. As aves emitem sons que podem exprimir alegria, tristeza, aviso de alerta, dentre outros. Há uma grande variedade de cantos, e varia de região para região, havendo casos de pássaros que emitem até 40 assobios diferentes.
No Brasil já foram encontrados mais de 128 cantos diferentes e, os mais conhecidos são: Praia Grande (é o som que você ouve nesta página), Paracambi, Uberaba, Vi te teu, Mateiro (que é o natural do pássaro). Quanto a repetição pode ser curto (de 1 a 4) ou longo (mais de 5). O canto mais difundido por todo o Brasil é o chamado Praia Grande. Esse canto é originário das praias paulistas e, atualmente, está extinto na natureza, ou seja, os pássaros selvagens não mais o emitem. Por isso, a preocupação dos criadores de todo Brasil é que seja mantido, em cativeiro, esse tipo de canto.
O curió além de excelente cantor é um imitador nato, por isso, não é aconselhável criá-lo com outras espécies de pássaros, porque ele aprenderá facilmente o canto delas, perdendo assim a pureza de suas notas musicais características. O melhor tempo para o curió aprender a cantar é quando novo , ainda com 3 meses. Colocando o pássaro para escutar o canto de fita, CD ou de um mestre (pássaro do plantel que tem o melhor canto), mas também pode aprender depois de velho se ele for cabeça mole (nome dado pelos criadores, um curió que ao escutar um canto diferente do seu troca de canto). Você pode encontrar discos contendo gravações de canto de curió, especiais para o treinamento de filhotes e aperfeiçoamento do canto de curiós adultos. Para conseguir informações de como obter esses discos consulte as Associações de Criadores.
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História dos raçadores : Gaiola Preta, Soberano, Miramar, Guardião, Canarinho, Solito e o Dominique.
Gaiola Preta
Grande Raçador.
Filho de curió mateiro com a fêmea de nome Santista , nasceu em 1976 , na cidade de Botucatú-SP- na rua João Passos , em um viveiro , na casa do Sr. Agenor. Ganhou este nome em função de que seu pai vivia em uma gaiola preta , e por isto colocaram este nome no seu primeiro filhote.
Gaiola Preta faz parte de um seleto grupo de curiós que fizeram história e deixaram sua genética espalhada nos últimos 30 anos , onde fazem parte desta galeria , além do Gaiola Preta:
. Soberano
. Maravilha
. Miracatu
. Xodó
. Mirante
. Xamego
Sendo que o Gaiola Preta é o único vivo desta lista.
Considerado um dos maiores “ raçadores “ de todos os tempos , possui a fantástica capacidade de passar suas caracteristicas genéticas aos filhos.
Por mais de 20 anos o Gaiola Preta pertenceu ao Sr. Hermínio de Botucatú. Nunca se destacou em torneios porque seu proprietário não se interessava em participar.
O Sr. Herminio costumava empresta-lo para amigos criarem , e um destes era o Dr. Antonio Seconha , de Botucatú , o qual com a fêmea de nome Esperança tirou vários filhotes dele , entre eles :
O Amanhecer, o Entardecer e o Estrela da Serra , sendo que este último pertence hoje ao Sr Antonio Pereira , de Botucatu.
Inclusive em uma das vezes que foi emprestado , ficou no meio de canários da terra.
Na plenitude da forma , passava 30 cantos. Hoje , já com 27 anos , passa 10 cantos.
Gaiola Preta pôde gerar filhos conhecidos , entre eles :
. Tilim – curíó de +- 20 anos que hoje pertence ao Sr. Jair de Marília
. Matuto – Considerado o mais refinado – Filho do Gaiola Preta com sua própria mãe ( Santista ). Por mais de 12 anos Matuto foi propriedade do Sr. Odair de Jundiai, onde gerou mais de uma dezena de filhotes que passavam muitos samaritás : Limoeiro , Timoneiro , Goiano , Albatróz , Navegante , Resplendor .
- O Matuto hoje pertence ao Sr. Lua , de S.Paulo , que ainda esta criando com ele.
- O Caxingui – Esta em Rio Claro ou Piracicaba.
- O Bethoven – Esta em Minas Gerais.
- Pavaroti – Hoje esta em Jaú.
Durante seus 22 anos com Sr. Hemínio , este recebeu inúmeras propostas de compra , porém nunca se interessou em vender. Há 4 anos atráz , o Sr. Luiz Negrisoli ( paulista que reside em Rio Branco-AC ) já estava pesquisando sua raça e procurando descendentes dele, contatou o Sr.Hemínio sobre a possibilidade da venda. Como o Sr. Hemínio estava bastante ocupado com seus afazeres profissionais e vendo que o Sr. Luiz se interessava por ele para poder manter sua genética viva , depois de pensar ( juntamente com a esposa ) concordou em vende-lo.
O Sr. Luiz hoje possui 3 filhos dele . Um deles não repete e não canta bem , porém já tirou filhotes repetidores e de bom canto. O Sr. Luiz esta tentando repetir suas cruzas para chegar o mais próximo possível do pai. Inclusive na data de hoje ( 02/11/03 ) ele possui 4 fêmeas chocando , cruzadas com o Gaiola Preta. Provavelmente em breve teremos novos filhotes deste maravilhoso pássaro. O Sr. Luiz esta também trabalhando para difundir a modalidade de canto na região dele ( Rio Branco – AC ) pois alí se pratica muito o “curió de presa “.
Depois que estava com Sr. Luiz , Gaiola Preta sofreu um acidente , quando foi atacado por um rato e teve seus dedos roidos , que depois tiveram de amputar. As penas do lado que foi atacado não ficaram mais bonitas).
Escrito por Paulo Schiavon -colaborou-Sr. Luiz Negrisoli, em 8/11/2003.
A Morte do Gaiola Preta
Missão cumprida.
A Morte de Gaiola Preta
Coroando seu periodo de vida, até mesmo na morte este pássaro se portou fora de série e sensacional.
Dia 22/10, sábado, galou uma femea, filha de Miragem e Safira, as 06:00 da manhã, onze horas ainda o vi cantando na prateleira das fêmeas e ao meio dia quando fui fechar o quarto para o almoço, constatei que o mesmo havia morrido.
Deixou quatro fêmeas galadas com nove ovos cheios. Hoje (05/11) já nasceram seis filhotes, faltando nascer três ovos da ultima fêmea.
Apesar do ocorrido, me sinto feliz e satisfeito por ter sido proprietário deste extraordinário CURIÓ. Através dele o Norte (Acre e Pará) ficou conhecido no meio dos criadores de curiós de canto praia. Todos os anos tiramos filhotes clássicos e repetidores. Em Belém, em parceria, o seu filho GP-20, faz sucesso com vários filhotes encartados e repetidores.
Aqui temos o GP-01 (filho de mateira) que transmite a raça para mais de 50% de seus filhotes.
Tenho no plantel oito filhas e três filhos (netas e netos) e cuidadosamente farei os cruzamentos para que seja alcançado/refinado esta genética que tanto alegrou a todos os passarinheiros.
Gostaria de deixar registrado o meu agradecimento ao Sr. Herminio Nilson, ex proprietario, por ter me possibilitado este convivio com o Gaiola e a todos criadores que preservam esta grande raça, especialmente aos criadores de Botucatu onde nasceu o maior raçador do Brasil.
Um abraço do amigo e muito obrigado,
Luiz Carlos Negrisoli
Escrito por Luiz Carlos Negrisoli, em 7/11/2005.
Soberano
Linhagem que ficou conhecida principalmente devido ao soberano 306 do shoiti, e também do 307 do jair, do 20 e outros filhos.
Relato do Sr. Edgard de Campinas:
Caros Amigos,
Muitas estórias tenho ouvido a respeito da origem do Soberano. Nunca quis entrar nas polemicas ouvidas, pois sabia que eram formalizadas por interesses particulares, se não comerciais, a fim de valorizar determinadas criações. Contudo, agora. um grupó de amigos demonstram interesse em conhece-la verdadeiramente, com o objetivo sanar duvidas e firmar a real origem de seus planteis.
Fui o primeiro dono do Soberano Velho, ainda em sua primeira muda para preto, pois o adquiri, juntamente com um seu irmão, por parte de pai, por 10.000,00 cada um, não me recordo se cruzeiro ou cruzado na década de 70, provavelmente em 1977 ou 1978, , aproximadamente quando o Ibama emitiu a portaria que obrigava o anilhamento dos curiós com àquilas anilhas abertas. Foi adquirido pardo do amigo Pedro Valarim, de Tupã, que os havia adiquirido, o Soberano e o irmão, do amigo Ferreti, de Presidente Prudente, curiozeiros e dos melhores gaioleiros que conheci. Em minhas mãos, ainda na muda para preto, depois de completa-la tornou-se meu criador principal. Tive também como criador naquela década, emprestado do amigo Pedro, outro curio, o Porco, que havia sido adquirido pelo Pedro, se não me falha a memória em Santo Andre, sendo um Praia Grande, escepcional repetidor. Com o Soberano Velho, que era um curio de um canto, com abertura em quase tos, fiquei até principio de l984. O Soberano foi criado pelo Amigo Ferreti, e era filho de Paulista com Ratinho. Mesmo nas minhas mãos já demonstrava ser um ótimo raçador. Antes da minha mudança de Tupa para Campinas, em abril de l984, fui obrigado a vende-lo, pois ia morar em casa alugada e sem espaço para mantê-lo junto com outros curios, filhos seus, do Porco, etc., tendo em vista a sua abertura.
Assim sendo vendi o Soberano Velho para um passarinheiro de Marília, sendo adquirido quase que imediatamente pelo amigo Antonio Carlos de Tupã. O Antonio Carlos criiou com o Soberano de 1984 até a sua morte, ocorrida aproximadamente em 1994, dois ou três anos após o Antonio Carlos haver me emprestado o Soberano por uns dois meses, pois voltei a criar com ele, emprestado de 15-11-91 a 15-12-91. Devolvido ficou cego, morendo algum tempo depois. Esclareço que o Soberano foi anilhado com anilha aberta de número 2.804 e o seu irmão, por parte de pai, o Segredo com o anel 2.806, ambas abertas.
Nessa época o amigo Antonio Carlos possuia, entre outras a femea Maninha, mãe dos curiós que foram do Pinho e do Roberto, este de Herculândia, os outros provavelmente sejam das femeas Vermelhona, Serpentina, etc.
Apesar de tudo que foi relatado é inquestionável que aprojeção da raça Soberano ocorreu, primordialmente a partir de um de seus filhos, o Soberano-FILHO, do Roberto, principalmente por que houve, já a partir da década de 90 uma maior facilidade de criação e comunicação entre os criadores.
Com um abraço do amigo"
Miramar
Retirado do grupo curió torneios e genéticas.
O Miramar foi um pardo comprado no Km. 14 de Pedro Taxes, litoral Sul de São Paulo, por alguém que não sei quem foi (Não foi criado na região de R. Preto), posteriormente adquirido pelo Pedrão (conhecido como Dr. Pedro, tendo em vista a roupa branca que usava nos torneios), pois era funcionário, se não me engano, de um Posto de Saúde em São Paulo, onde morava no Bairro Santa Cecília. No inicio pensei que o Dr. Pedro fosse de Campinas, estava enganado. Uma de suas primeiras apresentações, se não a primeira, foi no segundo ou terceiro torneio de Araras. Ele foi comprado, pelo Pedrão, como já disse do "Boi" (Reinaldo Jacintho de Souza) de Ribeirão Preto. Foi um dos maiores repetidores da época, ganhava de muitos outros curiós, melhores de canto, em razão de número de repetições, que era muito valorizada na nota final nos torneios. Não era um clássico dos tempos modernos. O Pedrão criou com ele. As fêmeas naquela época não eram valorizadas. A introdução da sua genética nesta região se deu basicamente através do curió Sete, seu filho, do Garoni de Jundiaí. Este Sete também foi um grande repetidor.O "Boi", ou Reinaldo Jacintho de Souza foi dono, também, do Xodó, inclusive com disco de vinil de l976.Acabo de saber que um dos maiores preservadores desta raça, do Miramar, é o Isair de São Paulo, que faz parte deste grupo. Abraços do Amigo
Edgard- Campinas - SP "Criadouro de Curió Soberano"
Com intuito de melhor esclarecimento, sempre com a as melhores das intenções e humildade, desprovido de espírito de competição, mas com a intenção de compartilhar conhecimentos, e acho que é esta a principal razão do grupo, sem querer polemizar e respeitando naturalmente as opiniões contrárias, venho esclarecer o seguinte: Segundo relatos de pessoas de conheceram o curió Miramar, este não tinha nenhuma das características de um Km. 14, que se caractizava por uma voz cheia, grossa, com as batidas típicas de um praia (Tué Tué) e com o famoso flat (gancho ou ligação – te té). E por causa destas características, era chamado de corneta ou corneteiro. E por isso o curió Miramar podia ser de qualquer lugar, menos desta região da Praia Grande - SP. A época, em um torneio na cidade de São Paulo, onde os juízes eram os Srs. Wandick, de Santos/SP; Joaquim Português e Haroldo, (provavelmente, e com a graça de Deus, os três estão vivos), este curió foi desclassificado, pois tinha todas as características de um central, com batidas e o estribim de Paracambi. O curió Xodó, este sim era proveniente da cidade de Itariri, litoral sul do Estado de São Paulo. E saiu de Santos como um grande repetidor, porém, tinha um canto mateiro, com passagem do lugar de sua origem, e adquiriu seu canto melodioso, com voz cheia e andamento lento em São Paulo, onde foi rebatizado com seu novo nome de Xodó, pois aqui tinha o nome de Rock Roll. Espero ter naturalmente acrescentado algo as discussões, porém, sempre no aguardo de novas participações, e claro que fica a porta aberta para opiniões contrárias.Abraços a todos...Roberto - Santos - SP. Amigo Roberto,Conheci também o Miramar e conversei com pessoas que também conviveram com este pássaro, inclusive tiveram em seus criadouros filho e descendentes. Essas pessoas são o Odair, de Jundiaí e o Salvador Armud, também Juiz do canto clássico naquela época e que chegou a julgar em algumas oportunidades esse curió, e o Garoni, que através do Odair, soube ter sido dono do Sete, filho do Miramar. A origem no km 14 me foi prestada pelo Salvador, que conhecia muito bem o Boi e o Pedrão. Apesar disso, tendo em vista que vivemos ou vivíamos em regiões muito distantes da origem do Miramar. E você nessa região maravilhosa, não só quanto à natureza, mas também pelos pássaros produzidos auxiliado pelos seus amigos que conviveram com esses cantos regionais, não posso deixar de dizer que acrescentei conhecimentos importantes com a sua precisa descrição. Das nossas informações, certamente o Caíto saberá retirar o que interessa para a formação do seu trabalho quanto ao Miramar, pelo menos o mais próximo da realidade. Faço parte há pouco tempo desde grupo, mas já pela nossa experiência de vida, sabemos quando as pessoas estão querendo somente colaborar e não polemizar, como é o meu caso e o seu. Não gostamos certamente que a verdade seja modificada. Participo com as informações que tenho anotadas, por estas insisto e discuto, assim como as que presenciei. Mas aquelas informações obtidas de terceiros, por mais respeitados que sejam mesmo por que esses terceiros podem ter obtidos dados de outros e, assim, não podemos culpá-los; estão, também, dizendo a verdade que conheceram. Abraços do Amigo Edgard - Campinas-sp -"Criadouro de curió Soberano”
Guardião
Vários amigos deste grupo anseiam pelas informações à respeito da história deste conhecido pássaro e como eu tenho vários amigos que conhecem bem essa genética e já tiveram inclusive o pai do guardião em seu plantel, resolvi fazer uma rápida pesquisa e apresentar ao Grupo a história do Guardião. Como disse, foi uma pesquisa rápida junto aos amigos do dia a dia e não houve tempo hábil para conversar com cada um dos ex-donos e aprofundar a matéria. Assim sendo, os amigos do Grupo tem plena liberdade para complementar alguma informação que porventura não expresse a realidade. Espero mesmo que aconteça essa participação, pois assim teremos uma história bem completa.
A HISTÓRIA:
Conta o Sr. Pedro, morador da cidade de Osasco, região da Grande São Paulo, que o Pirracho, Pai do Guardião, nasceu no plantel do italiano, também morador dessa cidade. Esteve em sua casa (casa do Sr. Pedro) recebendo cuidados até a fase do desmame e retornou para o plantel do italiano, lá ficando até a fase adulta. Diz o Sr. Pedro, demonstrando conhecer muito bem a história, que o Pirracho foi um pássaro de poucas notas no canto, mas de muitíssima repetição. Conta que o Italiano tinha outros curiós de canto paracambí e achava que o Pirracho tinha assimilado algumas notas desse canto, mas os amigos acham que de fato isso não aconteceu. Ainda na cidade de Osasco, o pai do guardião esteve no plantel do Zinhão e do Gilmar, que o levou para a cidade de Botucatú onde mora seu irmão Silvio. Relembro aos amigos que, nesta cidade de Botucatu, foi onde o curió “Gaiola Preta” deixou o maior número de filhos. Lá recebeu este nome de “Gaiola Preta” e deixou sua genética perpetuada através dos seus descendentes, de ótima qualidade de canto e muita repetição. Foi também em Botucatú, que nasceram outros grandes curiós que se destacaram no canto Praia Grande Super Clássico, como por exemplo, o Senador, o Samurai, etc...Voltando ao assunto sobre o Guardião, no plantel do Sr. Silvio, o Pirracho ficou por alguns anos e lá cruzou com várias fêmeas, entre elas uma Fêmea (Senadora X Gaiola Preta), de onde nasceu o Guardião. Destacou-se ainda pardo, quando veio para São Paulo para o Sr Neri já cantando o Praia Grande Super Clássico. Devido ao seu belo canto e alta repetição, despertou logo o interesse dos grandes criadores de curiós de canto PGSCP da região. Esteve com o Sr. Alfredo da cidade de Guarulhos/SP, com o Sr. Dário na cidade de Jundiaí/SP, com o Sr. Dimas na cidade de Pouso Alegre/MG, voltou para a cidade de Vinhedo/SP e hoje se encontra na criação do Sr. Miguel na cidade de Jundiaí/SP.Grande Raçador, por onde passou mostrou que a sua genética é dominante, deixando sempre filhos e netos que se destacaram no Praia Grande Super Clássico.
Agradeço aos amigos colaboradores: Sr. Pedro/Osasco/SP- Tel. (11) 3681-1482, Zinhão, Gilmar e Sérginho .
Escrito por Geraldo Ribeiro dos Santos
Fonte: http://criadouroasp.com.br/painel/noticia/detalhe.php?id=9
Canarinho
Sempre um criador tem um sonho de ter um bom pássaro desta ou daquela linhagem.Comigo não foi diferente e a raça canarinho foi o motivo.
Em conversa no torneio de araçatuba em 2007, com o Silvio de Ourinhos, ficamos sabendo toda a historia desta magnifica raça.Este muito amigo do Osvaldo Delatorre de Avaré, pegou como empréstimo o Batutinha para criação, pois este era um ótimo filho do Batuta, campeão brasileiro clássico e tido por alguns, como um dos melhores curiós de todos os tempos.Com o batutinha e uma femea filha do Presidente, a Maracaí teve uma ninhada de dois machos e uma fêmea. A estes machosse não me engano, foi dado o nome de pirulito, ou apito( o canarinho) e o outro tubarão, que encartou perfeitamente no praia grande clássico e com muita repetição.Este outro, que não cantava, só gritava irritava muito o Silvio, ao ponto de ele coloca-lo com duas femeas em uma mesma gaiola e ainda em um guarda roupa escuro e ainda assim não havia como para-lo.
Nas reuniões de domingo em ourinho, onde todos criadores de curió se reuniam, todos brincavam ha muito tempo quando o Valdir ia voltar a criar, e este sempre retribuia a brincadeira, dizendo que somente no dia que ele ganhar um curió.
Não deu outra, em um destes domingos, quando brincaram com ele o Silvio logo bateu o martelo:Acabou de Ganhar um curió.
O Valdir, ao que consta, recebeu bem o presente, e apesar dos gritos do canarinho ficou com ele e adquiriu umas femeas para criar com o próprio.
Já como propriedade do Valdir, ficou na casa do seu irmão, e para piorar, após o convivio com canarios belga, pegou parte do canto destes, dai o motivo do seu nome.
Todo mundo brincava com o Valdir, e este sempre sorria, e até estava feliz com o presente.Quando preto, após cruzar com três fêmeas a surpresa:
Todos os filhos vieram muito repetidores e encartados.surgiu então uma nova raça, a raça de repetição e aprendizado.
O seu irmão, Tubarão, manteve também a mesma caracteristica, a passagem de repetição e encartamento aos descendentes, tanto que não se costuma separar a raça tubarão da canarinho, tudo é chamado de Canarinho.
São pássaros até valentes, muitos dão retorno, e grande parte dos descendentes tem algumas penas avermelhadas nas asas.
Os netos e bisnetos dos canarinhos repetem bastante, salvo raras exceções. Dentre as cruzas principais que dão mais resultados, destacam-se as linhagens de voz como Xodó e Soberano, também Miramar.Uma nova proposta é com a linhagem Dominique, que também mostra ótimos resultados, mas no geral, o resultado é bom com qualquer linhagem.
Muitos criadores estão introduzindo em seus planteis esta raça, não apenas pela repetição, mas pela facilidade de encartamento.
Com femeas da raça Beira rio (soberano 306 e estrela 011´) apresenta filhos de cores diferentes da preta
alguns exemplos de resultados: O campeão do torneio dos campeões maringá, é neto do canarinho com femea da raça soberano. O canarinho de Cascavel do Gilson é o pai deste.
No criatório alta genética em Bauru, tem um galador muito repetidor, também canarinho com soberano.
Em Barretos, o maior repetidor é o Canarinho Neto, Canarinho filho com femea da raça do guga, passa cantadas de até 2:40 min.
Kojak do criatório barretos passa a média de 20 ou mais samaritá=41 cantos e tem um irmão proprio em babiri que chega a 3 minutos de repetição e muitos outros...
Estou contente com o meu, e espero que vc um dia tenha um!
Abraços!
Cleuber Oliveira, Barretos-SP
Solito e Dominique
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Clube Rural mostra como fazer uma chocadeira manual.