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ATENÇÃO: NÃO FAÇA PARTE DA DEGRADAÇÃO DA NATUREZA, NÃO COMPRE NENHUM ANIMAL SILVESTRE SEM O DEVIDO REGISTRO DO IBAMA, TRÁFICO DE ANIMAIS É CRIME FEDERAL, NÃO CAIA NESSA, ADQUIRA O SEU ANIMAL DE ESTIMAÇÃO COM CRIADORES REGISTRADOS E LEGALIZADOS NO IBAMA.


NÚMERO DO CADASTRO TÉCNICO FEDERAL DO IBAMA: 4927888


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Amigos passarinheiros, pode até parecer frase feita, mas não é. Realmente eu sempre tive vontade de ter uma criação de curió, esse desejo me veio quando eu criava alguns pássaros na minha adolescência, dentre eles tinha Tizil, Coleiro, Trinca-ferro e outros, e um amigo do meu pai deixava um curió paracambi para eu ficar puxando para a rua, desde então me apaixonei por este pássaro possuidor de um belo canto paracambi, mas na época não tinha condições de realizar este sonho por motivos financeiros, mas agora, junto com a minha esposa, finalmente dei início a realização deste sonho. Posso dizer que com as aquisições que começamos a fazer e com o trabalho, o esforço e a dedicação que estamos tendo para que os pequeninos tenham um excelente aprendizado, em breve o Criadouro Shekinah estará dando os resultados esperados, mas até lá só podemos ficar torcendo. OBS:Devido a pouca opção de genética de ponta no canto Paracambi, estamos tendo que adquirir curiós com o canto Praia Grande Clássico para podermos diversificar as raças. Um forte abraço do amigo Eduardo Albuquerque.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

UNESCO reconhece passarinheiros como patrimônio cultural da humanidade

Pois é, me perguntaram minha opinião sobre passarinhos e tráfico ilegal e lá fui eu fazer a lição de casa...

Descobri muita coisa interessante, a maioria muito próxima do que eu já imaginava...que aqui no Brasil sem qualquer estudo, levantamento ou proposta, uma turma que se julga onisciente e onipotente quer cada vez mais proibir e proibir, e acham que a solução do mundo é proibir mais ainda. Como se inclusive essas proibições muitas vezes injustas fossem ser cumpridas só porque escreveram em algum papel oficial.

Pois bem, há um documentário lindíssimo no youtube sobre os passarinheiros da região de Salzkammergut na Austria, eu não sou fluente em alemão-austriaco mas as imagens valem mais que mil palavras e o google tradutor tbm é um grande recurso moderno. Mozart já citava os passarinheiros em sua ópera Flauta Mágica em 1791.

O documentário pode ser visto aqui: http://www.youtube.com/user/fmvierer#p/u/7/nfL6InFfSOY

É interessantíssimo perceber alguns pontos importantes, como nas partes 4 e 5 é feita uma assembléia na cidade pra saber junto a comunidade e autoridades o que acham sobre a prática...imaginem que coisa interessante! Será que consultaram recentemente os coitados lá no Piauí antes de ir lá impor ordens e opiniões falando que a captura de passarinhos é proibido, ilegal, crime, etc sobre os coitados??? Podem ver que teve um cidadão ambientalista destes de SPA que se pronunciou na assembléia e a população expos claramente o que pensava pra ele.

Democracia é uma coisa dolorida neste Brasil...é como exigir regularização ambiental em Tailândia no Pará onde o escritório do IBAMA fica na capital a 900km de estrada de chão, por quê não arriscam fazer reunião com a sociedade local e perguntar pra eles o que acham? É mais fácil chegar com a PF uma vez por ano armados até os dentes, com uma equipe da Globo, prender uns coitados, fechar serrarias e passado uma semana ou um mês vai estar tudo a mesma porcaria porque o povo vai continuar a sua luta pra sobreviver naquele lugar.

Voltando o assunto, estes passarinheiros tiveram sua cultura reconhecida pela UNESCO, assim como também é reconhecida pela UNESCO a falcoaria e esta é praticada nos cinco continentes tranquilamente com exceção deste mundo paralelo que é o Brasil e suas autoridades que são aranhas que prendem mosquitos enquanto passam os bois por suas teias de leis e regulamentos. Vejam aqui a cerimônia de reconhecimento da UNESCO aos passarinheiros austriacos: http://www.youtube.com/watch?v=JjqtFNJfgHk&feature=related

Esses videos me ajudaram a entender porque os catarinenses descendentes que são de austriacos adoram passarinhos de canto, mas não é só isso porque a Europa ibérica também se destaca muito no que chamam de SILVESTRISMO, o quê seria isso?

SILVESTRISMO

Ele é uma pergunta como uma forma de desporto que a educação toma como um objetivo ao canto dos pássaros selvagens (pintassilgos, pintarroxos e verderones) cujas funções básicas são:

a. Apreenção e sementeira
b. Educação ao canto
c. A seleção e o regresso ao caminho natural daquelas espécies que não reunem as qualidades exigidas.
d. Tomar parte nos concursos do canto

A caça do passo ou também assim chamada caça de Outono, é uma arte que que existe á um século em Espanha e em muitos países da Europa como o sul da França, a Itália e algumas regiões de Portugal.

Ele está em Espanha e especialmente no sul da península da sua situação geográfica, de ser mais fechado ao continente africano a onde eles estão indo hibernar a grande espécie de fringílidos que protegem e passam a Primavera e o Verão no nosso território, a onde mais praticamos esta arte.

No Outono quando começam as chuvas e o mau tempo na Europa inteira, as grandes tropas de fringílidos começam a emigrar como o Pintassilgo, Verdelhões, Pintarroxo, o Lugano, etc. e para o Silvestrista ele começa o período da apreenção qualquer tempo que estão na regra e federados em alguma Federação de Lutador da sua comunidade, adquirindo o seu cartão Federativo, e depois a sua licença da apreenção com um número específico de pássaros para capturar, não deve exceder o número levado em conta neste ano,

A caça do passo sempre está preparada na alvorada antes do nascer do sol, o lugar está preparado alguns dias antes, limpando o campo de matojos (partindo a área limpa para que eles não enganchem a rede com nenhuma grama ou ramo), tentaremos o nosso fábrica ou a refeição favorita do pássaro para capturar ej. Centeio para o Pintassilgo ou lentisco para Verdelhão como a região e o gosto de cada caçador.

A rede compõe de duas banda de aproximadamente 4 metros de longitude cada um com um vôo de 1,5 m mais ou menos, colocado na paralela e fixado ao solo por meio de alguns pregos palro, para os lados exteriores da rede, com algumas séries de paus Fortes nos lados mais curtos da rede e corda para apertá-la ele começa do esparto, que são mais resistentes às adversidades climáticas, entre a rede deixaremos um espaço considerável que tem em mente o que não deve para permitir o espaço quando a rede fecha, pôr na fileira e perfurado na terra ou em alguma etapa de madeira os cardos ou lentisco.procurando para deixar o espaço do saltsn (pássaro que embraga a uma corda e por meio de uma vara para fazê-lo para aumentar e bater nas asas para atrair aqueles da mesma espécie.)sobre a rede poremos às reclamações em pólo metálico ou madeira e levantado do solo a 1,20, essas reclamações serão aqueles que eles atraem com o seu canto às tropas de pássaros que na alvorada começam a mover-se, do caminho ao sul da península para dar o salto ao caminho estreito do norte da África.

O verdadeiro amante silvestrista dos pássaros não caçam para matar e acabar os pássaros capturados, mas ele caça para o prazer de de ver os seus pássaros atraem-lhes a possibilidade de capturar os melhores passaros com melhores cores e posição para ser capazes de cruzá-lo para extrair híbridos.

Fonte: http://canariosdorui.no.sapo.pt/o%20que%20e.htm

A regulamentação da captura na España pode ser vista aqui: http://eljarillero.blogspot.com/2010/10/normativas-sobre-capturas-de.html

Em linhas gerais a coleta é feita como qualquer atividade de manejo extrativista, há espécies determinadas, época e quantidade definida...no caso há uma formação associativa, da mesma forma que aqui já fazemos com coletores de babaçu, pequi, etc e respeitadas estas condições estes animais podem receber anilhas oficiais do governo.

Aliás pelo que vou concluindo o extrativismo de pequi pode, seringueira pode, castanha pode, sempre-viva pode, pescado pode, caranguejo pode, lagosta pode...é só ter pelo ou pena que não pode!!!!

Será que este critério é técnico ou limitação intelectual !!! É lógico que perco a cabeça com tanta incoerência, incompetência e hipocrisia...como cidadão eu não aguento ver estas coisas, como técnicos todos os que chegaram aqui neste texto deveriam se posicionar e mudar este quadro pelo bem de nossa fauna...vejam por estes exemplos que este extrativismo tem sido feito de forma sustentável a séculos na Europa, enquanto estas proibições burras tem extinguido espécies pela caça furtiva e predatória em regiões inteiras no Brasil, isso tem que acabar e a proibição pura da coleta não tem sido a solução.

Como em todo o planeta só a valorização pelo uso poderá conservar nossa fauna e flora em propriedades privadas, o resto é conversa, haja visto que mesmo nossas Unidades de Conservação federais tem orçamento anual de R$ 2,00 (dois reais) por hectare ano e pífia visitação anual sendo boa parte feita de forma predatória por falta de estruturas adequadas. (Parques nacionais têm verba reduzida para 2011)

Pensem nisso...não é fazendo as mesmas coisas de ontem que teremos amanhã resultados diferentes de hoje.

Sucesso a todos,
 
Autor: Rafael Salerno

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

ATA assinada pelo Sr ALOÍSIO PACINE TOSTES, presidente da COBRAP

Exmo. Sr. Curt Trennepohl - Digníssimo Presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis.

A informação nr 204/COFIS/2011 de 19 de agosto de 2011 registra a ata referente à reunião realizada nas dependências do IBAMA no dia 18 de agosto, onde estiveram presentes os representantes de diversos segmentos ligados à reprodução em ambiente doméstico de pássaros de nossa fauna nativa, técnicos do IBAMA e do Ministério do Meio Ambiente, para tratar da necessidade de promover alterações na normatização da atividade, inviabilizada pela publicação da IN 015 em 23 dezembro de 2010.

A ANAPASS esteve presente à reunião representada pelo seu presidente, seu diretor administrativo e por integrantes de seu conselho técnico. No encontro, ficou claro o entendimento de que estávamos tratando de uma normatização provisória e emergencial e que, após a publicação da lista pet, em acordo com a resolução nr 394 do CONAMA de 6 de fevereiro de 2007, seriam estudadas suas implicações na atividade e promovidas discussões com vistas à elaboração de uma normativa mais elaborada, que realmente atenda às necessidades da atividade e da preservação ambiental.

Ao tomarmos conhecimento da ata da reunião, cuja existência desconhecíamos até então, pois fora elaborada no dia seguinte e assinada apenas pelo Sr ALOÍSIO PACINE TOSTES, presidente da COBRAP e por outro criador comercial que o acompanhava, como representantes dos criadores presentes, nos deparamos com a redação do Art 5 º afirmando que, após a publicação da lista pet e da adequação do sistema, o limite de pássaros do criador amadorista retornará para 30 aves. Esse artigo funciona como um gatilho de efeito retardado que devolverá automaticamente a situação dos criadores amadoristas para situação atual, determinada pela IN 015, assim que seja publicada a lista pet. Não faria nenhum sentido a reunião e toda a discussão sobre os limites necessários à viabilização da atividade se estivesse predeterminado que no momento da publicação da lista pet tudo retornaria a situação atual, que motivou toda essa discussão.
Associação Nacional dos Criadores e Proprietários de Animais Silvestres e Exóticos http://www.anapass.com.br – E-mail: contato@anapass.com.br -

Ainda no referido artigo está explicito o fracionamento da categoria de criador comercial em criadores pequenos, médios e grandes. Esse fracionamento sequer foi aventado na reunião e, pela complexidade do tema, demanda cuidadoso estudo, pois trata do enquadramento de empresas que serão constituídas segundo a legislação, com implicações e desdobramentos que talvez não possam ser determinados por normativa.

A dotação para o segmento amadorista acordada na reunião foi de 35 anilhas por ano, podendo os criadores que comprovarem, junto ao IBAMA, o sucesso na reprodução e o emprego de todas as anilhas recebidas, solicitar mais 15, para garantir os mesmos limites que já tinham sido estabelecidos em normatização anterior. A ata não faz referência a essa possibilidade.

Toda a polêmica causada pela publicação da IN 015 decorre das limitações impostas à categoria amadorista, que contempla quase 400 mil registros ativos no SISPASS e é fundamental para o desenvolvimento da atividade. Temos consciência das dificuldades enfrentadas pelo IBAMA no gerenciamento do SISPASS que tendem a aumentar com o crescimento exponencial dos registros. Mas esse crescimento no número de registros se deve a migração de pessoas que estavam na clandestinidade, mantendo e reproduzindo pássaros, e que fizeram a opção pela criação em harmonia com a legislação. Esse é um grande ganho para preservação, que não pode ser prejudicado. A dificuldade com a distribuição de anilhas já levou centenas de criadores de volta para a ilegalidade, produzindo pássaros sem identificação. Esses filhotes nascidos em ambiente doméstico e que não foram identificados, se tornaram um problema sem solução. Não podem ser libertados pois sua adaptação a vida livre é complexa e exigiria todo um processo de transição. Mantidos em ambiente domésticos são considerados ilegais pois não há forma de diferenciá-los dos espécimes capturados.

A atividade não será contida. Crescerá na legalidade ou na ilegalidade. As restrições impostas ao segmento amadorista contribuirão para a criação informal que acabará por juntar-se ao tráfico em um grande prejuízo à preservação.

A ANAPASS, pelo seu compromisso com a defesa da preservação e conservação das nossas espécies nativas, não concorda com o texto da ata atribuída a reunião do dia 18, especialmente com o seu Art 5º, e vem por meio
Associação Nacional dos Criadores e Proprietários de Animais Silvestres e Exóticos http://www.anapass.com.br – E-mail: contato@anapass.com.br -

desse registrar seu protesto quanto a forma como foi elaborado e assinado o documento.

Aproveitamos a oportunidade para reiterar nossa mais profunda admiração pela forma como Vossa Senhoria se dispôs a permitir a participação de diversos segmentos da sociedade, ligados à reprodução
ex situ de silvestres, no processo de elaboração desse trabalho tão significativo.

Brasília, DF, 06 de setembro de 2011. 

                                                                            
                                                                   CLÓVIS PEREIRA NEVES
                                                                      Presidente da ANAPASS